15 de Janeiro, 2025

O Lavrador-poeta, o escritor-diplomata e o vidreiro revolucionário

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AGENDA | Encontros Imaginários – A BARRACA

O interclassismo como experiência peculiar proposta pelos Encontros Imaginários na A BARRACA. O alerta sobre a data de realização, amanhã, vem diretamente da A Barraca.

Atenção! É já  nesta 2ª f., dia 24 de Janeiro, 19:30. Debate entre D.Dinis, Eça de Queiroz e José Gregário. Debate entre um rei, um romancista e um operário vidreiro.

Só na BARRACA é que se dão estas oportunidades de encontros inter-classistas!

A NÃO PERDER

D. Dinis

D. Dinis (Lisboa, 9 de outubro de 1261 – Santarém, 7 de janeiro de 1325), cognominado de “Lavrador”e de “Trovador” (“Na noite, escreve um seu Cantar de Amigo/ O plantador de naus a haver”, F. Pessoa), é o responsável pelo nascimento oficial da Língua Portuguesa e foi o sexto rei de Portugal. Entre outros actos relevantes, durante o seu reinado (1279-1325), D. Dinis reorganizou a administração interna; fundou aldeias; incrementou o comércio, as exportações, a agricultura, a pesca e as salinas; fomentou a extração de prata, estanho e ferro; retomou as relações com Castela e com a Santa Sé; nacionalizou as ordens militares e fundou a Ordem de Cristo (fundamental na expansão marítima); fundou, em Lisboa, o Estudo Geral Português (o documento que instituiu a criação da primeira universidade portuguesa foi assinado a um de março de 1290, nos Paços de S. Simão, em Leiria). 

A sua corte foi, tal como a do seu avô (Afonso X de Castela, o “Sábio”), um dos centros culturais mais notáveis do seu tempo – sublinhe-se que D. Dinis terá escrito 173 poemas (cantigas, pastorelas e uma sátira literária), dos quais “Flores do Verde Pino” e “Proençaes soen mui bem trovar” são os mais divulgados. Interpretação pelo dramaturgo Manuel Marcelino

Eça de Queirós

José Maria Eça de Queirós (Póvoa do Varzim, 25 de novembro de 1845 – Neuilly-sur-Siene, França, 16 de agosto de 1900), diplomata e escritor português, cursou Direito na Universidade de Coimbra (1861-1866), onde conheceu, entre outros, Teófilo Braga e Antero de Quental, com quem constituiria o grupo «Geração de 70». Em 1867, iniciou a carreira literária e dirigiu, em Évora, o jornal de oposição Distrito de Évora. Em 1870, , instalou-se em Leiria, como administrador do Concelho; em Setembro, presta provas para cônsul de 1ª classe no Ministério dos Negócios Estrangeiros (obteve o primeiro lugar). Em 1871, já em Lisboa, Eça integrou o grupo “O Cenáculo”, que realizou as “Conferências Democráticas do Casino Lisbonense” com Ramalho Ortigão, publicou a novela policial O Mistério da Estrada de Sintra e “As Farpas”. Publicou O Crime do Padre Amaro (inspirado na época em que viveu em Leiria) e deixou -nos um profícuo espólio de obras imortais como O Primo Basílio, O Mandarim, A Relíquia e Os Maias. Por fim, defendeu que o valor da vida assenta na simplicidade (A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras). O investigador Algoritmi da UMinho, Nicolás Lori interpreta.

José Gregório

José Gregório nasceu a 19 de Março de 1908 na Marinha Grande e começou a trabalhar como operário vidreiro, aos 8 anos de idade e participou activamente na formação do Sindicato Nacional da Indústria do Vidro em 1931. Nesta qualidade assume a preparação e organização da jornada do 18 de Janeiro de 1934 contra a fascização dos sindicatos, pela defesa da livre organização dos trabalhadores e dos seus direitos, contra a ofensiva patronal e do Estado fascista, que tomou um carácter insurreccional na Marinha Grande.

Muitos dos dirigentes e ativistas foram presos e enviados para o Campo do Tarrafal e para o Forte de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Em Fevereiro de 1934, vai para Espanha, sendo preso em Orense e em seguida libertado, por ação da classe operaria e do Socorro Vermelho Internacional.

Volta a Espanha no início de 1938, em plena Revolução, regressando a Portugal em meados desse ano.

É preso pela polícia política e libertado em 1940. Em 1943 integra o secretariado do Comité Central do PCP e em 1956 adoece. Vai para a Checoslováquia e falece neste país em Maio de 1961. Interpreta o escritor Higino Maroto.

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