Fórum Causa Pública no ISCTE
O segundo Fórum da Associação criou espaços de debate e de reflexão
O método instituído para este tipo de encontros assenta num critério de paridade entre o tempo reservado para a apresentação de temas e o debate tendo por protagonistas os participantes no Fórum que podem, para além de realizar perguntas e interpelar os oradores da Mesa-Redonda, apresentar as suas opiniões e fundamentá-las com um tempo razoável para o fazer.
Um Fórum participado em termos de presenças e de debate realizado. Foto © CVR-NSF
Esta dinâmica de partilha de ideias e de opiniões foi o garante do sucesso da jornada ocorrida no passado sábado no ISCTE em Lisboa cujo programa estava organizado em torno de três temas essenciais:
10h30: Quem politiza o mal-estar social? Com Alexandra Leitão, António Filipe, Daniel Oliveira, Isabel Mendes Lopes e Jorge Costa
14h30: O futuro do progressismo Com António Casimiro Ferreira, Carmo Afonso e Ricardo Paes Mamede
16h30: Novas agendas, movimentos sociais Com Ana Gago, João Reis, José Soeiro e Nuno Ramos de Almeida.
A mesa do primeiro painel que abordou o tema da politização do mal-estar social. Foto © CVR-NSF
Em relação ao primeiro tema as questões com maior relevância situaram-se em torno das condições para uma retoma da cooperação entre os partidos de esquerda nos termos que foram informalmente contratualizados no período do primeiro governo minoritário socialista pós-Passos Coelho tendo sido aprofundada a ideia de convergência em diversos formatos.
O assunto foi colocado em diversos planos, ideológico, político, e também prático já que a questão dos acordos entre os partidos de esquerda para reconquistar as autarquias de Lisboa e Porto foi abordado pelos participantes no Fórum e ainda pelos cidadãos com responsabilidade nos partidos presentes na sala.
Para além dos acordos entre forças políticas de esquerda foi salientada a necessidade de uma convergência de facto com os diversos movimentos sociais, não se limitando assim a cooperação às cúpulas partidárias.