5 de Dezembro, 2024

CULTURA |Canção de protesto em Grândola em meados de setembro

José Mário Branco e o exílio vão estar no centro do Encontro da Canção de Protesto que se realiza em Grândola entre 17 e 20 de setembro 2020.

SF | 21-08-2020 | A AEP vai dar o seu modesto contributo nesta importante iniciativa do Observatório da Canção de Protesto organização que a AJA – Associação José Afonso integra a par de outras entidades como o Município de Grândola, entidade promotora, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md), e Instituto de História Contemporânea (IHC). Foi precisamente a Associação José Afonso que nos solicitou para contribuirmos de forma pontual com os nossos materiais relacionados com o exílio.

O Diário Campanário divulgou a iniciativa de forma exaustiva tendo por base um comunicado do Município de Grândola com o seguinte conteúdo:

“O Município de Grândola divulgou que, no âmbito da atividade do OCP – Observatório da Canção de Protesto irá realizar-se em Grândola, entre os dias 17 e 20 de Setembro de 2020, uma nova edição do Encontro da Canção de Protesto, com espetáculos musicais, exposições e documentários dedicados à temática do exílio, e colóquios, sessões testemunhais e de canto livre em que estarão presentes figuras relacionadas com os universos de José Mário Branco e com a canção de protesto.

O Encontro iniciará em 17 de setembro às 21h no Cine Granadeiro com a inauguração da exposição organizada pelo OCP e idealizada para itinerância “Emigração, exílio e canção de protesto”, seguindo-se, às 21h30m, no mesmo local, o espetáculo de leituras encenadas da Associação Artística Andante (Prémio LER+ em 2019) À MARGEM (de uma certa maneira) — O canto do exílio.

Na sexta-feira, dia 18 de Setembro às 21h30 Sérgio Godinho e os Assessores irão promover em Grândola, no parque de feiras e exposições, uma viagem musical pela profusa carreira do cantor, compositor, escritor, ator de teatro e cinema, com a recriação de algumas canções que marcaram os discos Os sobreviventes e Pré-Histórias — gravados em 1972 e 1973, respetivamente, quando este se encontrava no exílio em França – e a interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio.

Sábado, dia 19 de Setembro, o Cine Granadeiro acolherá, entre as 10h e as 13h30m, e as 15h e as 18h, um conjunto de sessões testemunhais dedicadas aos universos de José Mário Branco — protagonizadas por Agnès Pellerin, Alexandre Alves Costa, António Branco, Ana Matos Fernandes (Capicua), Carlos Fragateiro, Domingos Morais, Flávio Almada (LBC Soldjah), Francisco Fanhais, Hélder Costa, João Madeira, Luís Cília, Manuel Deniz Silva, Manuel Pedro Ferreira, Mário Vieira de Carvalho, Nuno Santos (Prétu Chullage), Rita Azevedo Gomes, Rui Cidra, Sérgio Godinho e Tino Flores.

Durante a noite, no mesmo espaço, às 21h30m, decorrerá a apresentação de um espetáculo inédito intitulado “Uma mão cheia de vozes na luta”, com a atuação de membros do Grupo de Acção Cultural – Afonso Dias, António Duarte, Carlos Guerreiro, Tino Flores e João Lóio.

O Encontro da Canção de Protesto de 2020 encerrar-se-á no domingo, dia 20 de Setembro, no Cine Granadeiro, com o encontro-colóquio “Contra as ditaduras erguer a voz e cantar”, com a participação de alguns membros do Conselho Consultivo do Observatório da Canção de Protesto — Adelino Gomes*, Ana Matos Fernandes (Capicua), Nuno Santos (Prétu Chullage)*, João Carlos Callixto*, José Fortes, Joaquim Vieira, Manuel Freire, Salwa Castelo-Branco*, Viriato Teles*, Soraia Simões de Andrade e Rui Vieira Nery* — e o convidado Alberto Carrillo Linares, a exibição do documentário Les Printemps de L’ Exil — legendado para o propósito —  e a actuação do Coro da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.

O Observatório da Canção de Protesto (OCP) é um organismo resultante da parceria entre o Município de Grândola, entidade promotora, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md), e Instituto de História Contemporânea (IHC).

Os seus objetivos são o estudo, a salvaguarda e a divulgação do património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI, através da realização de iniciativas culturais diversas. A entrada em todas as iniciativas é gratuita mediante reserva antecipada de lugar através do número 269 448 030 e sujeita à lotação da sala”.

@foto JMB Foto: ARQUIVO GESCO/Blitz

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