14 de Janeiro, 2025

LIVROS 2020 |A imprensa clandestina e do exílio no período 1926-1974

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SEM FRONTEIRAS | 20 de dezembro 2020 | Livros de dezembro 2020

Título: A imprensa clandestina e do exílio no período 1926-1974. Edição da Universidade do Minho – Conselho Cultural, 2014, 124 págs., ISBN 978-972-97948-5-8.

Autor: José Manuel Lopes Cordeiro

Resumo

A imprensa clandestina e do exílio no período 1926-1974 constituiu o Catálogo de uma Exposição organizada pelo Conselho Cultural da Universidade do Minho, no âmbito das comemorações da dupla efeméride do 40.º aniversário do 25 de Abril e dos 40 anos da Universidade do Minho.

Palavras-chave

História de Portugal, Estado Novo, Exílio, Resistência Antifascista, Imprensa Clandestina.

Síntese do livro

O estabelecimento do regime de censura prévia à imprensa logo após o golpe militar que derrubou a I República em 28 de Maio de 1926 colocou um intransponível obstáculo à divulgação das posições de todos os sectores políticos e partidários que não comungassem da orientação que a partir de então foi imposta ao País. A única alternativa para ultrapassar esse bloqueio, ainda que exercida em condições extremamente difíceis, consistia na edição de publicações clandestinas, que expressassem os pontos de vista que então se procuravam silenciar, solução a que, com maior ou menor eficácia, recorreram todos os sectores da Oposição durante os 48 anos do regime fascista.

As dificuldades para a publicação e difusão desta imprensa eram enormes, não só devido aos requisitos técnicos que a mesma exigia para ser editada mas também porque as tipografias onde era impressa, algumas delas tão improvisadas e artesanais que dificilmente poderiam ser classificadas como tal, constituíam um dos alvos preferidos da repressão. Por essas razões, muitas das publicações editadas no interior do País apresentavam uma deficiente qualidade gráfica e uma existência efémera, não raras vezes reduzida a um ou dois números.

Apresentada numa perspectiva cronológica, o livro-catálogo aborda cinco períodos distintos, cada um enquadrado por um pequeno texto inicial que procura sintetizar as suas principais características no que respeita à publicação de imprensa clandestina. Em cada um dos períodos é apresentada uma selecção das primeiras páginas dos jornais mais relevantes, reproduzidas em fac-simile. Os períodos abordados neste livro-catálogo contemplam a “contestação à ditadura, 1926-1933”, “repressão e resistência, 1933-1941”, “a crise da guerra e o fim das ilusões, 1941-1958”, “o ‘terramoto Delgado’ e a contestação da guerra colonial, 1958-1968”, e “o marcelismo e a deterioração do regime, 1968-1974”.

Deste modo, apresentam-se as principais características de cada um dos cinco períodos seleccionados. No entanto, não foi ainda possível neste livro apresentar um repertório completo da imprensa clandestina e do exílio publicada durante o período da Ditadura, Militar e Nacional, e do Estado Novo. Tal objectivo, que é cada vez mais urgente satisfazer, requer outras condições para poder ser concretizado com êxito – recursos humanos, meios materiais e, principalmente, tempo disponível – que não estiveram presentes no trabalho que foi realizado para a organização da Exposição à qual este livro constitui o respectivo catálogo. Constitui, no entanto, um primeiro passo para a realização daquele objectivo, apresentando cerca de 600 publicações periódicas editadas no período em análise, agrupadas em dezoito quadros temáticos, entre os quais: “imprensa reviralhista”, “imprensa libertária”, “imprensa comunista”, “imprensa de unidade anti-fascista”, “imprensa socialista”, “imprensa marxista-leninista”, “imprensa anti-colonial e anti-imperialista” ou “imprensa dos comités de desertores”.

Deste modo, tanto a Exposição como respectivo livro-catálogo, para além de procurarem assinalar condignamente as duas efemérides referidas, serviram para chamar a atenção para essa dimensão não muito conhecida e insuficientemente divulgada da actividade das Oposições, que constituiu a edição de jornais clandestinos durante o regime deposto no 25 de Abril e, simultaneamente, destacar a importância e a necessidade de se elaborar um repertório da imprensa clandestina publicada durante o quase meio século em que a sociedade portuguesa se viu privada das liberdades fundamentais.

Onde adquirir

Infelizmente, o livro não é fácil de encontrar pois não tem distribuição comercial. No entanto pode ser encomendado à Loja UMinho, Largo do Paço, 4704-553 Braga, Telefone: 253 604 982. E-mail: lojadopaco@reitoria.uminho.pt.

Em Lisboa pode encontrar-se na Livraria Letra Livre, Calçada do Combro, 139, Telefone: 21 346 10 75. E-mail: letralivre@sapo.pt.

Capa | A imprensa clandestina e do exílio no período 1926-1974

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