Nunca pensei assistir a isto!
OPINIÃO – Irene Pimentel e os idiotas úteis que colocaram a extrema-direita no poder
Reação de Irene Pimentel à eleição de Trump nos Estados Unidos
Irene Pimentel
“A minha geração de baby-boomers viu anos de paz e desenvolvimento do Estado social na Europa, viu o 25 de Abril, a queda de ditaduras a ocidente e a Leste. Foi uma geração anti-fascista, anti-racista, feminista, anti-colonialista, mas também adepta de novos totalitarismos. A longevidade faz-nos atravessar agora tempos sombrios, por via eleitoral, com um criminoso a dirigir os EUA e muitos criminosos no poder ou a caminho dele na Europa. Hoje estou particularmente enojada com os nichos woke identitários, aqueles que se dizem de esquerda e consideraram que votar trump ou Kamala era o mesmo. Enfim, todos os idiotas úteis que já colocaram a extrema-direita no poder.”
Uma crónica de opinião do NYT oportunamente partilhada
«Donald Trump disse aos americanos exatamente o que planeava fazer.
Usaria a força militar contra os seus adversários políticos. Despediria milhares de funcionários públicos de carreira. Deportaria milhões de imigrantes em detenções de estilo militar. Esmagaria a independência do Departamento de Justiça, usaria o governo para promover conspirações de saúde pública e abandonaria os aliados da América no estrangeiro. Ele transformaria o governo numa ferramenta para as suas próprias queixas, numa forma de punir os seus críticos e recompensar ricamente os seus apoiantes. Seria um “ditador” – mesmo que apenas no primeiro dia.
E, quando solicitados a dar-lhe o poder de fazer tudo isto, os eleitores disseram que sim. Esta foi uma conquista da nação não pela força, mas com uma permissão. Agora, a América está à beira de um estilo autoritário de governação nunca antes visto nos seus 248 anos de história.
Depois de derrotar a vice-presidente Kamala Harris, que se tornaria a primeira mulher presidente dos EUA, Trump trará as suas próprias inovações históricas para a Casa Branca: o único presidente condenado por dezenas de crimes, acusado de mais dezenas e sujeito a impeachment duas vezes.”
Editor
