Caminhámos todos
A Praça do Município transformou-se em parada de civilizações e culturas
Torres Vedras vive de um modo geral as noites de verão de forma ativa e até dinâmica, basta passar pelas esplanadas e pelos polos centrais da cidade para verificar que a noite inspira conversas e mobiliza sabores acompanhados por bebidas de circunstância. Mas ontem, ainda o verão não tinha dado oficialmente entrada no calendário de quem lá vive e já a cidade experimentava um primeiro alvoroço. Um grupo numeroso e animado marcou encontro na Praça do Município e percorreu a pé a parte velha até chegar ao castelo.
No início do encontro, no largo acolhedor no qual a fachada dos antigos Paços do Concelho sinaliza as funções passadas do espaço e do edifício, hoje galeria municipal, foram partilhadas identidades e origens entre as dezenas de participantes numa demonstração viva da diversidade das terras e das culturas do planeta. Americanos, ucranianos, chineses, indianos, espanhóis, russos, nepaleses e várias outras terras de pertença revelavam a diversidade cultural de quem está a familiarizar-se com a língua portuguesa em Torres Vedras.
O percurso, realizado tranquilamente, foi acompanhado por um bardo, um misterioso José Afonso local, Manuel Teixeira do Núcleo da AJA de Torres Vedras, que animou a caminhada em vários pontos de passagem e paragem com canções e poemas cantados que foram sempre reforçados pelas vozes do coro informal dos participantes que sentiram e criaram as emoções de uma noite de primavera que já pretendia ser de verão.
Ana Miguel do Centro Qualifica Henriques Nogueira e Filipa Coelho da Junta de Freguesia Santa Maria São Bento Matacães anunciaram que em 2026 uma quarta edição vai ter lugar e marcaram encontro, para todos e com todos, para o próximo ano.