12 de Janeiro, 2025
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Comemorações do 18 de janeiro de 1934 em diversos palcos na cidade da Marinha Grande

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Começar a recordar a data histórica e os acontecimentos do 18 de janeiro de 1934 à volta da mesa, no almoço organizado pela Confraria da Sopa do Vidreiro, constitui um excelente ponto de partida para uma jornada que envolveu associações, escolas, jovens alunos, professores e museus numa valorização dos operários vidreiros da Marinha Grande e em particular daqueles que lutaram e resistiram contra o regime salazarista do Estado Novo.

A par das comemorações promovidas pela Câmara Municipal decorreram iniciativas

Confraria da Sopa do Vidreiro

Na Confraria, antes de mais, houve a sopa do vidreiro. Com uma qualidade de assinalar e uma presença física mas também simbólica nas diversas mesas que agruparam instituições locais, membros da confraria e nesta jornada em particular um grupo de convidados da AEP61/74 – Associação de Exilados Políticos Portugueses. A Presidente da Associação Fernanda Marques e os restantes membros do Órgãos Sociais presentes, Joaquim Nunes (direção) e Manuel Rodrigues (Conselho Fiscal), assim como outros membros da instituição e vários amigos e amigas registaram com agrado a confraternização que o almoço proporcionou. Com esta participação amigável e calorosa sairam reforçados os laços da associação com a cidade da Marinha Grande e com os marinhenses.

Museu do Vidro

O Museu do Vidro abriu as suas portas aos visitantes que viajaram de Trutas até à área central da cidade e colocou à sua disposição uma exposição sobre o 18 de janeiro de 1934 organizada pelo Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente com a colaboração técnica da Câmara Municipal. Uma exposição com grande valor didático e com uma grande qualidade documental e estética.

Associação Cultural e Recreativa da Comeira

A Associação Cultural e Recreativa da Comeira constituiu a etapa seguinte com uma Roda de Conversa sobre a iniciativa Poesia ao Serão que a associação local organiza regularmente e ainda sobre a experiência do Encontro Imaginário, coordenado por Hélder Costa, que teve lugar na Comeira e que envolveu no trio o operário vidreiro e dirigente comunista José Gregório.

Auditório da Calazans Duarte

À noite, no Auditório da Escola Secundária Engº Acácio Calazans Duarte, com a presença de alunos e dos seus familiares, de professores e de vários outros participantes, realizou-se a representação teatral da peça do 18 de janeiro de 1934, de Hélder Costa e do Grupo de Teatro Operário de Paris, pelos alunos de várias turmas que tiveram um desempenho de tal ordem emocionante que o público presente gratificou com uma ovação de aplausos bem merecidos.

Homenagem a Hélder Costa

Hélder Costa foi homenageado, num gesto simples mas particularmente simbólico e intenso que a AEP61//4 – Associação de Exilados Políticos Portugueses organizou com o apoio e a total dedicação de António Aires Rodrigues que foi o autor do texto que marcou a distinção ao dramaturgo e lutador pelas causas da cultura e da emancipação social dos povos.

Debate sobre o 18 de janeiro

A jornada encerrou com um debate sobre o 18 de janeiro de 1934 que foi animado por José Manuel Cordeiro (em vídeo), por Hermínio Nunes e por José Zaluar. Uma conversa curta porque o evento decorreu a meio da semana mas que terminou de forma vibrante com os dois oradores presentes a lerem, cada um à sua maneira, poemas de exaltação á resistência e à luta contra a opressão.

SF | redação

© fotografia Carlos Martins Pereira

Carlos Martins Pereira

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