13 de Janeiro, 2025
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EDULOG – Serviço semanal de informação

Desafios no ensino superior
A Associação Portuguesa de Ensino Superior Privado diz que os novos mestrados para a docência podem não avançar no próximo ano letivo por falta de esclarecimentos quanto ao novo enquadramento jurídico, cita o Jornal de Notícias. Sem propinas, as instituições terão um “problema acrescido”, refere a associação que considera ainda “essencial” capacitar diplomados noutras áreas para a docência para combater a falta de professores.

Os cinco maiores hospitais universitários no Porto, Coimbra e Lisboa vão ser avaliados por um grupo de trabalho constituído pelo antigo ministro da Saúde do PS, Adalberto Campos Fernandes, noticia o Expresso. A avaliação vai incidir sobre o modelo de organização, o financiamento, valências, equipas, equipamentos e o próprio ensino médico. O objetivo é assegurar que cumprem todas as exigências para tratar doentes e formar quem os trata.

O número de alunos que desistem após o primeiro ano no ensino superior está a aumentar. A taxa de abandono nas licenciaturas atingiu os 11,1% em 2022/2023, registando o valor mais elevado em oito anos, de acordo com o Eco. Já a taxa de desistência nos mestrados integrados recuou para 3,6%. Os dados foram divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC).

(Des) Investimentos no profissional
Em 2022, apenas 13% dos diplomados do ensino profissional do secundário estavam inscritos no ensino superior no ano seguinte. Hotelaria e Restauração, Tecnologias de Diagnóstico e Terapêutica, Beleza, Indústrias da Madeira, Cortiça, Papel, Plástico e Vidro são áreas em que mais de 90% dos alunos não prossegue estudos. Dados da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência trazidos pela Lusa.

Para combater o absentismo na Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, na ilha de São Miguel, foram construídas modernas oficinas de Carpintaria, Cerâmica, Eletrotecnia, Mecanotecnia e Culinária. Mas não estão a funcionar por falta de financiamento, revela o diretor da escola ao Jornal de Notícias. Na de Culinária, por exemplo, existem fogão e armários embutidos, mas faltam louças e alimentos para cozinhar.

Bem-estar e mal-estar nas escolas
Atrair professores reformados de volta à escola ou fazer com que os que estão para se reformar permaneçam no ensino, dando-lhes um retorno financeiro, são algumas das medidas anunciadas pelo Governo para combater a escassez de professores. A CNN conversou com duas professoras prestes a completarem 70 anos, que ainda estão no ativo. O ambiente da escola e a relação com pais e alunos são fatores que as motivam a continuar a dar aulas.

Em resposta a um inquérito, 98% dos assistentes operacionais que trabalham nas escolas públicas consideram injusto o salário que recebem. Quase 80% sentem-se cansados, física e psicologicamente, ao fim de um dia de trabalho. O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) realizou esta auscultação em 3.369 assistentes operacionais de mais de 100 municípios e denunciou à Lusa o que considerou ser um “panorama preocupante”.

Notícias de outros mundos da educação
Há um período crítico de três anos, entre os 11 e os 14 anos, em que as crianças mais desfavorecidas, com bom aproveitamento escolar, começam a ficar para trás, comparativamente às mais favorecidas. Aos 16 anos, quando fazem exames nacionais, a disparidade nas notas é mais evidente. As conclusões são de um novo estudo realizado por investigadores no Reino Unido e é explicado em editorial no The Guardian.

A  Academia de Ciências francesa estudou a sub-representação das mulheres nas carreiras científicas. A raiz do problema parece estar na formação dos professores do ensino primário. Embora quase nove em cada dez professores sejam mulheres, a falta de facilidade nos campos científicos corre o risco de transmitir uma “imagem negativa” destes temas, “especialmente para as raparigas”, lê-se no relatório divulgado pelo Le Monde.

Na Catalunha, as câmaras municipais não aproveitaram os fundos europeus Next Generation que incluíam 110 milhões de euros para a criação de 10.884 vagas em creches. Ao El País, a Secretaria de Educação culpa a “dificuldade burocrática” do processo e refere ter prorrogado por um ano o pedido de financiamento. Esta subvenção cobre os custos de construção de novas creches, reabilitação de salas de aulas e aquisição de mobiliário.

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