5 de Dezembro, 2024

Moçambique pós-eleitoral, as ruas do protesto

A rua continua a exprimir a insatisfação face às decisões pós-eleitorais no país. A ação policial assume contornos violentos sem limites

Nas ruas de Maputo continuam os protestos relacionados com os recentes resultados eleitorais.

Ações de protesto na avenida Eduardo Mondelane tiveram resposta violenta da polícia e do exército.

Do lado do candidato da oposição Venâncio Mondlane estão a ser levadas a efeito diversas iniciativas que visam a reposição das regras democráticas. Foi lançada uma petição, que já conta com milhares de assinaturas, para subscrição pública na qual se reclamam medidas da parte do governo da Frelimo no sentido de:

a)     Respeitar a vontade eleitoral dos moçambicanos do dia 9 de Outubro de 2024. Para tal, exigimos transparência e justiça do processo eleitoral, ora em julgamento junto do Conselho Constitucional.

b)    Pôr fim a violência policial com assassinatos, ferimentos com armas de fogo, fumigação indiscriminada e irresponsável com gás lacrimogéneo, torturas, prisões arbitrárias, corte da internet e desaparecimento forçado de manifestantes. Para tal, exigimos o respeito pela dignidade da pessoa humana; o direito à livre manifestação e o direito à livre expressão.

c)     Parar de perseguir, através da magistratura e organismos da Segurança opositores políticos e moçambicanos que não concordam com a vontade querida e imposta pela Frelimo

Entretanto sobre os acontecimentos de hoje na Avenida Eduardo Mondelane [ver vídeo abaixo] o académico João Feijó avaliou publicamente o comportamento da polícia como uma forma de desvalorização dos moçambicanos e adianta “O Presidente de Moçambique “deveria responder e condenar [esses atos]. Se não o fizer, será considerado conivente”, João Feijó avaliou o atropelamento propositado da polícia como “uma forma gratuita de desvalorização completa do moçambicano, a negação total do direito a vida e um desprezo enorme pela população humana.” E o analista antevê ainda vingança da população contra agentes da polícia.
Font: fonte Dw

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