13 de Janeiro, 2025

Quando a ignorância bate à porta 3 vezes

cmp

MUNDO | A guerra Rússia – Ucrânia e os media.

Por Carlos Martins Pereira

Há pouco, na Antena 1, rádio, comentava-se num especial que é quase contínuo já desde há dois dias, a guerra.16 horas e 15 minutos desta sexta-feira, dia 25 de Fevereiro.

Só que desta vez e neste programa o moderador convicto que estava a fazer um papelão, acabou por mostrar a sua ignorância. Lembrou-se do que afirmou e se queixou ontem o presidente ucraniano e defendeu que a Ucrânia combatia a Russia sozinha. Admitiu que uma ajuda poderia vir dos americanos caso a Russia atacasse algum avião dos EUA ou dos seus parceiros.

Uma convidada do programa, professora de Relações Internacionais da Universidade do Minho, interrompeu-o e clarificou que nessa situação estaríamos perante UMA GUERRA MUNDIAL, não seria apenas uma ajuda. Recordou que seria accionado o artigo 5º da Carta da NATO no qual se estabelece que quando um membro da organização é atacado são todos os membros que também o são. Nessa situação, a NATO entraria em cena. Mas, evidentemente, seria desencadeada uma guerra mundial que nas atuais circunstâncias seria, sem dúvida, uma guerra nuclear. Uma situação gravíssima.

Veio de seguida uma peça da correspondente da RTP em Bruxelas, Andrea Neves, na qual a conclusão retirada da peça não condizia com o que foi lido e ouvido pelos telespectadores. Os conteúdos indicavam que a União Europeia ou Josep Borrel, tinham criticado a falta de acção ou a moleza das Nações Unidas que deveriam ter tomado medidas mais severas e mais eficazes.

Trata-se claramente de ignorância sobre o papel das Nações Unidas. Sendo um orgão de discussão, de decisões e condenação, de defesa da ordem internacional, da Paz mundial e das minorias, nenhuma destas finalidades se aplica a esta situação. Muito já fez o Secretário Geral, Antonio Guterres, alertando todos os países e apelando ao cessar fogo.

A seguir passaram as declarações de Borrel que, obviamente, não criticou as Nações Unidas, afirmou, sim, que todos temos que condenar vivamente a invasão. Todos os Estados europeus, todos os países e citou em último também a ONU, pois, no seu entendimento se não agirmos agora e de forma enérgica, deixaremos Putin faça o que entender. É muito diferente, em nada criticou a ONU ! Mas a conclusão, tirada pelo moderador desta peça, foi outra e errada. E como não há duas sem três, veio a seguir uma critica de passividade ao Conselho da Europa que é um orgão meramente consultivo, de debate, de critica ou de jubilo mas NÃO É EXECUTIVO como o Conselho Europeu, o Parlamento ou a Comissão Europeia, que produzem leis, directivas e orientações. O moderador mostrou , aqui também, não fazer ideia do que é o Conselho da Europa, certamente confundindo-o com o Conselho Europeu!

Uma pena esta ignorância toda com laivos de aproveitamentos políticos juntos!

Editado CR-SF

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.