A extinção da ONU, seria um disparate
OPINIÃO | 1 de maio 2022
por Carlos Pereira Martins
Bom, é uma opinião. Sabe que , por vezes, demasiadas vezes, estas organizações enormes mas sem poderes executivos, reais, de impor políticas ou sanções que não sejam meramente dissuasoras, para “moralizar” as gentes e tropas, como é uso dizer-se, acabam muito burocratizadas, os funcionários acabam por ser os verdadeiros donos dos poderes lá dentro, e absorvem fundos enormes. Viu-se agora com “altos funcionários da ONU” a criticarem o SG. A manifestarem-se ou a virem eles às rádios criticar a “lentidão ” do SG! Como se eles não soubessem, melhor que nós, como ele está de mãos quase atadas pelo que diz a Carta das Nações Unidas!
Gente que quer ter protagonismo, quer aparecer, criticar e dizer:”eu sei, eu sei muito disto, eu estive lá”!
E, afinal, todos, eles inclusivé, tão pouco podemos fazer. Mas este meu comentário não invalida o papel fundamental, do ponto de vista diplomático, de motor da diplomacia, se assim quizer entender, que a ONU pode ter. Mas quando as decisões do seu Conselho de Segurança são tomadas só por unanimidade dos seus membros e neles estão os que roubam e os que são roubados, os que se queixam e os que terão feito o mal aos que se queixam, claro que fica manietada qualquer decisão importante. Fica anulada a possibilidade de ser tomada , aprovada. Um deles irá vetar e não haverá unanimidade.
Sendo assim, apenas pode funcionar para o chamado “inglês ver” e para coisas acessórias. Mas entendo a ONU fundamental, apesar de tudo isto que é real, nas causas humanitárias. A ajuda e dissuasão, por exemplo dos Capacetes Azuis, sendo tropas que eu chamo avulso, sem grande potencial de força, mesmo assim, são fundamentais, entendo eu que sou pela PAZ e procuro não ser fundamentalista nem radical a ponto de pedir a extinção da ONU. Seria um disparate, a nível mundial.
CPM – 2022.04.30