A ofensiva das burkas

OPINIÃO | A ofensiva das burkas
por Hélder Costa
Perante as imagens de dezenas ou centenas de mulheres usando Burkas para apoiar os islamitas radicais, lembrei -me de Ataturk, o general que derrotou os Ingleses conquistando a independência e fundando a Republica Turca e por isso ficou com o nome de Ataturk, o pai da Pátria.
Emancipação das mulheres
Construiu um país laico e para isso, começou por expulsar os derviches, mágicos e faquires dos pátios dos templos e das praças da cidade. Para libertar o povo de superstições.
Depois combateu pela emancipação das mulheres. Ia na rua e dizia às mulheres que era uma pena serem tão bonitas e esconderem a cara com um véu tão feio, e a pouco e pouco elas apareceram com pó de arroz, baton, risos, alegria e esperança. Igualdade das mulheres perante os homens, igualdade dos homens perante a lei.
Culto à divindade Astarte
E então, surgiu o problema da burka que tinha a sua origem num culto à divindade Astarte, deusa do amor, da fertilidade e da sexualidade, na antiga Mesopotâmia. Em homenagem à deusa do amor físico, todas as mulheres, sem excepção, tinham de se prostituir uma vez por ano, nos bosques sagrados em redor do templo da deusa. Para cumprirem o preceito divino sem serem reconhecidas, as mulheres da alta sociedade começaram a usar um véu enorme para não serem identificadas.
Como eliminar este hábito?
Fez publicar a seguinte lei: «Com efeito imediato, todas as mulheres turcas têm o direito de se vestir como quiserem, no entanto todas as prostitutas devem usar a burka».
Nunca mais se viu a burka na Turquia.
Por algum motivo a Turquia actual destrói desesperadamente as heranças de Ataturk.

Foto de destaque © Fabian Muir