15 de Setembro, 2024

Exposição sobre o 25 de Abril no Museu nacional do Luxemburgo

Várias iniciativas estão em marcha para produzir e instalar uma exposição relevante que será inaugurada no dia 25 de abril

António Paiva, que é um interlocutor qualificado das instituições luxemburguesas para os temas políticos e da vida da comunidade portuguesa no país, nomeadamente o Museu Nacional “Nationalmusée um Feschmaart”, tem vindo a acompanhar e a alimentar o processo de organização da exposição sobre o 25 de abril que será inaugurada no dia da Liberdade em 2024.

O museu lançou um apelo às associações, instituições e pessoas para colaborarem nos testemunhos e na disponibilização de evidências relacionadas com o tema. A organização da exposição está agora a fazer o seu caminho.

Vista de um exemplar da Time de 1974 com o General Spinola na capa

As pessoas saíram às ruas

“Cinquenta anos depois da Revolução de 25 de Abril de 1974 em Portugal, o Nationalmusée um Fëschmaart inaugura uma exposição dedicada a este capítulo da história comum de Portugal e do Luxemburgo. A experiência da ditadura do Estado Novo e o seu fim estarão no centro da nossa discussão. Em 1974, tanto em Lisboa como no Luxemburgo, as pessoas saíram às ruas para manifestar-se a favor de mudanças políticas radicais em Portugal.
A nossa exposição, que abrirá portas em abril de 2024, convida também a acompanhar o destino de algumas testemunhas cujas vidas foram marcadas pela ditadura portuguesa ou pelos acontecimentos de 1974.

Cinquenta anos depois da Revolução dos Cravos, é chegado o momento de recolher para a posteridade os testemunhos de pessoas que viveram na carne estes tempos conturbados e de colocar no centro das notícias o impacto que a ditadura de Salazar, as guerras nos territórios ultramarinos e a revolução teve um impacto na vida de muitas pessoas que hoje vivem no Grão-Ducado. Optámos, portanto, por destacar testemunhos de pessoas residentes no Luxemburgo nas décadas de 1970 a 1980 (e ainda estabelecidas no Grão-Ducado), ou que tenham uma forte ligação à Revolução dos Cravos” adianta o museu na sua apresentação pública da exposição.

A exposição, que abrirá portas em abril de 2024, convida também a acompanhar o destino de algumas testemunhas cujas vidas foram marcadas pela ditadura portuguesa ou pelos acontecimentos de 1974.

Associações acolhem

Uma atividade prática visando a recolha de materiais sobre o período do 25 de abril levou responsáveis ​​pela secção de história contemporânea do Luxemburgo do museu, Régis Moes e Isabelle Maas, a deslocaram-se à sede da CASA Asbl (Centro de apoio social e associativo), centro de apoio social e associativo à comunidade portuguesa no Luxemburgo.

“Tendo em vista a exposição [A revolução de 1974. Das ruas de Lisboa ao Luxemburgo] que será inaugurada no dia 25 de Abril por ocasião do jubileu da Revolução dos Cravos, os nossos colegas encontraram-se com o presidente da associação, José Trindade, e o seu assistente Elisabete Dias, que nos abriu o seu arquivo. Nestes espaços que têm tudo de um pequeno museu, os curadores da exposição descobriram fontes de grande valor porque desde a criação da CASA a equipa preservou cuidadosamente todos os documentos administrativos, boletins associativos, antigas licenças de futebol, recortes de imprensa e outras peças ou objectos que testemunham à presença da comunidade portuguesa no Luxemburgo”. Pode-se dizer com verdade que “onde está o coração, aí está a CASA!”” adiantaram Régis Moes e Isabelle Maas que visitaram a associação A Casa.

Programa

O programa das comemorações dos 50 anos do 25 de abril no Luxemburgo será divulgado em breve e nele constará a apresentação do livro Exílios no Feminino na sua versão francesa (em vias de publicação) e necessariamente a programação em torno da exposição que estará patente no Museu.

Fotos © Nationalmusée vom Feschmaart | Éric Chenal

Editor

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